Homenagem ao Homem que mudou parte do meu ponto de vista sobre a vida:


- O meu olhar só é belo porque se deixou aprisionar pelo teu. Nesse lugar profundo onde nos cruzamos e o mundo faz sentido. E quando a distância nos separar, e Lisboa for apenas uma impressão vaga de mal-estar, uma parte de mim pertencer-te-á.


Mentir é necessário. É a melhor maneira de esconder o que há de doloroso na verdade.


Al Berto

Solo Arabesque

Ora minha gente , Eis que vos damos uma pré-apresentação ( sim , porque um dia tencionamos apresentarmos-nos devidamente , com direito a make-up ,"after effects" e tudo e mais alguma cena). Hoje fica aqui uma pré-apresentação do Monólogo e do Arabesque, em pleno retardamento mental a tentar descobrir os mistérios da nova "Xacti" do Zarabisco ( sinónimo de Arabesque) .
O Monólogo e o Arabesque .

E pela primeira vez , ainda que esteja só , sinto em mim uma casa cheia ,
vazia de solidão.

É amor , sim é amor.


O Monólogo

Falta-me a dança e não existir.

" Coeur de la nuit" e pedaço de voz na consciência.
A não-existência faz melhor do que uma sem final feliz , ou mesmo apenas um Fim.

Fim.

Solo Arabasque

São quase 8 da manhã , faltam uns 5 minutos. Depois de uma noite de volta de conversas tontas , adobe after effetcs , tabaquinho , filmes românticos em francês e umas quantas chávenas de café , finalmente amanheceu. O filme acabou , alguem pergunta " - Já é de dia?"; come-se sardinhas em lata , ovos mexidos e estrelados , tostas , pão e maçãs. Na janela o sol a nascer , bem no alto , num expoente parvo de paz e beleza simples. Vamos para a sala ver televisão agora , nem as lentes levo postas , concluindo que para bom entendedor , meia palavra basta.

Foda-se , se isto não é viver ( bem e feliz, fabulásticamente e uma imensidão de cenas positivas) , nem sei o que é.

O Monólogo , que o Arabesque já levou uma mantinha para a sala.

Arabesque- Não tires tantas! Já chega!

O Monólogo- Queres ver como não ficamos bem em nenhuma!?

Vês como ás vezes tenho razão Arabasque? Mas já acreditas? Dass.

O Monólogo

O TABACO ESTÁ PARA O ARABASQUE
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ASSIM COMO O CAFÉ ESTÁ PARA O MONÓLOGO

- Foda-se , ando entusiasmado com isto. Parece que a vida ganhou tino , não digo de uma vez por todas , que também é monótono , mas pelo menos nas próximas paragens. Venha o Mundo que estou preparado para ele! É meu , porra! Ninguem me vai tira-lo , que de teimoso tenho tudo e mais um pouco. Assim tenho por dito.

O Monólogo , numa encaralhice de pensamentos.

Às vezes sinto,

Às vezes sinto-me tão nu,
Sinto-me como se o meu cérebro
Fosse um buraco de Ozono à
Procura de
Gestos de amor.
Sento-me a um canto. Choro. Choro-me
Finjo ser alguém, numa tentativa de acabar com a solidão. Perco-me.
O silêncio está fora do alcance das crianças, como o veneno, Hold Me Tight,
Escrevo no meu corpo, o rosto em prosa escura, a carvão preencho o vazio no coração e no pulmão mais alguns cigarros, mas só no esquerdo que não me serve de nada.
Injecto-me de fúria, fucking cocaine, o relógio da corda a vida de novo. Descanso mais um pouco.
Atiro-me da janela que me fode a vista-
Espelhos, cálices, gente embriagada, cocaine, cocaine, cocaine all around-
Mais um pouco de vento e levantava voo, saía do chão ate à paragem do autocarro – qual é o próximo que vai para o fim do mundo e para o inferno?
Visto-me de mulher e finjo ser prostituta.
- hoje vendi-me 5 vezes, ouviste? 5 vezes!
- a mercadoria é boa!
- vai uma voltinha?
Corro para casa, venho-me contra a mesa-de-cabeceira e grito até me cair o tecto em cima.
- onde está a vodka?
Pego no revólver, entro na estacão de serviço. Mato toda a gente.
- MERDA, ACERTEI NA PUTA DA VODKA!
Trago um puto para casa, venho-me 42 vezes e não estou satisfeito. Sangro.
Não vejo a hora de me pôr a dormir.
Fumo um cigarro, já fiz muita coisa hoje.
- vamos morrer mais um pouco?
Sleeping cocaine

Solo Arabesque

Sabem... cansei-me. Acho que a vida me trouxe tanta tristeza , propositadamente , para que um dia me pudesse fartar dela , e passar a ser feliz de um modo mais simples. Cansei-me. Cansei-me de poesias , de baixas saturações , corações em chaga , juras de solidão eterna, racionalidades , seriadades , complexos , cansei-me de mim de um modo tão doentio que reformulei o existir-me.

Não tenho certeza de nada , nunca tive; mas por fim estou bem , não vou adormecer mais no desassossego de um dia não acordar.

O Monólogo

A vida tem-nos ensinado a existir. Nenhum existir poderia ser para mim melhor , do que o que tenho. A vida , as pessoas , os sonhos , as lutas , cada pormenor de nós , dos outros e do Mundo é absurdamente genial , que no mínimo , o que podemos fazer , é ser felizes.

O Monólogo.

Nota de Abertura:



Gente! Já que fizemos um Blog todo jeitoso , vamos lá começar isto com classe. Tou com uma paralesia cerebral e são 5 da manhã, está tudo um bocadinho para o lado de lá ( duas , já dormem). Vamos "parlar" nesta amostra de Blog , sobre aquilo que nos vier á cachola ( ou pinha , como entenderem). Mais não dizemos , se não perde a piada toda, e de qualquer maneira só falamos de merda.




Com os melhores cumprimentos

Met Vriendelijke groet ( cortesia por parte do Arabesque)
(btw é Holandês.)

Solo Arabesque em parceria com O Monólogo.