domingo, 19 de julho de 2009

Às vezes sinto,
Às vezes sinto-me tão nu,
Sinto-me como se o meu cérebro
Fosse um buraco de Ozono à
Procura de
Gestos de amor.
Sento-me a um canto. Choro. Choro-me
Finjo ser alguém, numa tentativa de acabar com a solidão. Perco-me.
O silêncio está fora do alcance das crianças, como o veneno, Hold Me Tight,
Escrevo no meu corpo, o rosto em prosa escura, a carvão preencho o vazio no coração e no pulmão mais alguns cigarros, mas só no esquerdo que não me serve de nada.
Injecto-me de fúria, fucking cocaine, o relógio da corda a vida de novo. Descanso mais um pouco.
Atiro-me da janela que me fode a vista-
Espelhos, cálices, gente embriagada, cocaine, cocaine, cocaine all around-
Mais um pouco de vento e levantava voo, saía do chão ate à paragem do autocarro – qual é o próximo que vai para o fim do mundo e para o inferno?
Visto-me de mulher e finjo ser prostituta.
- hoje vendi-me 5 vezes, ouviste? 5 vezes!
- a mercadoria é boa!
- vai uma voltinha?
Corro para casa, venho-me contra a mesa-de-cabeceira e grito até me cair o tecto em cima.
- onde está a vodka?
Pego no revólver, entro na estacão de serviço. Mato toda a gente.
- MERDA, ACERTEI NA PUTA DA VODKA!
Trago um puto para casa, venho-me 42 vezes e não estou satisfeito. Sangro.
Não vejo a hora de me pôr a dormir.
Fumo um cigarro, já fiz muita coisa hoje.
- vamos morrer mais um pouco?
Sleeping cocaine


Solo Arabesque

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